Bem-vind@s ao Neuro3D!

Neuro3D é um site dedicado à divulgação científica dos grupos de neurobiologia, sendo a UFABC - uma das poucas universidades federais no Brasil a oferecer um curso de neurociência em nível de graduação. A neurociência estuda o sistema nervoso e integra diversas áreas como neurobiologia, psicologia, computação, física, química e matemática. O Neuro3D promove os trabalhos científicos realizados pelos nossos cientistas, cobrindo temas que vão desde distúrbios do neurodesenvolvimento até doenças neurodegenerativas. Com postagens semanais dos trabalhos realizados pelos nossos cientistas no campo da neurociência.

DESVENDANDO O ENVELHECIMENTO

O envelhecimento é um processo biológico complexo que resulta em várias mudanças na estrutura e função celular, sendo visíveis externamente em alterações físicas, como na pele e nas habilidades sensoriais. No nível celular, 12 marcadores centrais foram identificados, incluindo instabilidade genômica, encurtamento de telômeros, alterações epigenéticas, disfunção mitocondrial, senescência celular e outras mudanças que comprometem a integridade celular e a homeostase metabólica. Esses processos levam a uma maior inflamação crônica e ao acúmulo de células senescentes, o que agrava o envelhecimento dos tecidos e promove o surgimento de doenças degenerativas e metabólicas, como Alzheimer e diabetes tipo II.
Além disso, a perda de funcionalidade das células-tronco e o acúmulo de proteínas disfuncionais contribuem para o declínio da saúde celular e da capacidade de regeneração dos tecidos. A compreensão desses mecanismos é essencial para enfrentar o envelhecimento e promover práticas de saúde que permitam envelhecer com qualidade, visto que os impactos desse processo vão além dos indivíduos, exigindo adaptações dos sistemas de saúde para atender a uma população envelhecida.Palavras-chave: envelhecimento, epigenética, senescência.

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Você sabe o que é a Síndrome do Bebê Sacudido? 

O Traumatismo Cranioencefálico Abusivo Pediátrico (TCA) é resultante de uma forte sacudida em um bebê ou criança, que gera movimentos de aceleração e/ou desaceleração sobre o eixo cervical.Estudos realizados nos Estados Unidos mostram que 32-38 a cada 100.000 nascidos vivos são admitidos no hospital vítimas de traumatismo cranioencefálico não acidental todos os anos. A principal desse tipo de violência está relacionada ao choro da criança, principalmente devido à cólica nos primeiros meses de vida. Os sintomas clínicos incluem distúrbios de consciência, convulsões, náuseas/vômitos, abaulamento da fontanela, hipotermia, choque e respiração irregular. As principais sequelas são déficits visuais como, agnosia visual, heterotopia, cegueira cortical ou déficits de acuidade visual, além de, déficits de fala e linguagem, déficits motores, distúrbios do sono, déficits de atenção e distúrbios comportamentais. Tendo isso em vista, destaca-se a importância de mais estudos sobre o TCA e métodos de prevenção e conscientização na população.

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Como o estresse oxidativo se relaciona com as crises epilépticas?

A epilepsia é uma condição neurológica que provoca crises epilépticas recorrentes devido a alterações persistentes na atividade cerebral. O estresse oxidativo é resultante do desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e a capacidade antioxidante do organismo. As EROs podem causar danos diretos aos neurônios e ativar vias inflamatórias, exacerbando a neuroinflamação e a excitabilidade neuronal. Compreender esses mecanismos é essencial para desenvolver novas estratégias terapêuticas que possam equilibrar os efeitos das EROs e controlar a atividade epiléptica de forma mais eficaz.

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O que você sabe sobre o seu “segundo cérebro”?

O intestino, conhecido como “segundo cérebro”, desempenha um papel vital na saúde mental e física. Com milhões de neurônios no sistema nervoso entérico, ele funciona de maneira independente do sistema nervoso central. A produção de neurotransmissores, como a serotonina, pela microbiota intestinal, influencia diretamente o humor e funções cerebrais. Estudos indicam que distúrbios intestinais podem estar relacionados a doenças neurológicas, como autismo e Parkinson, demonstrando a forte conexão entre o intestino e o cérebro.

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